Call for papers nu #47

47 | call for papers

Convidam-se todos os interessados a enviarem o seu contributo para o número #47 da Revista NU, com lançamento previsto para o próximo ano letivo. Pretende-se, assim, promover uma discussão rica, interdisciplinar e plural.

O contexto atual de pandemia é o ponto de partida. O momento de reflexão sobre os possíveis modos de estar, de viver e de pensar o espaço de e da arquitetura desafiam cenários futuros i(ni)magináveis. Levantem-se questões; ensaiem-se possibilidades!

Os contributos poderão ser enviados em formato de texto e/ou imagem, com limite máximo de 5.000 caracteres sem espaços. Deverão ainda ser enviados para  revista.nu@gmail.com  até 31 de maio.

#46 cor

Capa.png

[editorial] (Pre)Conceito
António Carvalho, Flávia Bellesia e Inês Saraiva

O Olho e o Espaço
Inês Saraiva

A influência da cor na perceção espacial
Daniela Aires

[entrevista] Alberto Campo Baeza
Cláudia Ribeiro e Carolina Ramos

Mies missing materiality colour
Carolina Ramos

Resiliência
António Carvalho

[artigo gráfico] E se os monumentos tivessem outra cor?
Bárbara Silva

In a sentimental mood for Marrakech
Sara Barros

Infinita transparência
Cláudia Ribeiro

[à conversa com] Fala Atelier
António Carvalho e Flávia Bellesia

Aprender a cores, Ensinar a cores
Luís Miguel Correia

Do espiritual na arquitectura
Joana Ferreira

Livraria NU | NUDA
António Feitais e Hugo Silva

Casa sem cor, Casa sem vida
Hugo Silva

[contaminações] Teoria, Crítica e História da Arquitectura
Matteo Santi Cremasco

Para (não) variar

 

[editorial] (Pre)Conceito

1

A cor, indissociável da matéria e necessariamente articulada à luz, está presente na perceção de todos os objetos que nos rodeiam, naturais e artificiais. Visualmente identitária, esta tem surgido de diversos modos na História e na Teoria como elemento arquitectónico. Nestes campos, a cor é infinitamente relacionável com as questões às quais o objeto de arquitectura se vincula, quer sejam de cariz construtivo, espacial, ornamental, criativo ou cultural. Portanto, a cor está sempre presente no processo arquitectónico, desde a sua conceção, apreensão, até às suas vivências. Desta forma, assumindo que a cor pertence às matérias das quais o arquitecto trata – a do espaço e a tudo o que a ele é intrínseco –, questionar-se em relação a este elemento deve ser também da sua responsabilidade.

Contudo, quase a completar a segunda década do século XXI, escuta-se ainda um eco no subconsciente de algumas arquitecturas que sussurra: cor é crime. Será que num mundo que se diz global e em constante evolução existem marés vivas de apatia à cor, que a inibem de ser do espaço como qualquer outro elemento arquitectónico? Ao fim ao cabo, intencionalmente ou não, a cor fará parte do espaço, da matéria e da luz, ou seja, do espaço arquitectónico. 

Portanto, o que será dos arquitectos que tentam fugir à cor no seu trabalho? Lutarão contra a natureza das coisas? Até a água reflete na sua superfície a cor do céu e escurece nos confins do solo marinho. O que será de nós, futuros arquitectos, se não pensarmos e questionarmos sobre a cor no mundo, na vida e no projeto?

O que significa, então, a cor (na arquitectura)?

Através da indagação parte-se à procura de respostas que denunciam uma ausência de certezas, mas que motivam a discussão; assim, num exercício coletivo, surgem respostas e surgem ainda mais perguntas, por vezes mais incisivas, outras vezes menos, corretas numa perspetiva, dúbias noutras. É então que surge a oportunidade para refletir sobre o papel da cor na disciplina da arquitectura sem dogmas, e ainda para desfazer ou sustentar mitos. Discute-se sobre a cor e testam-se os seus limites, na tentação de abrir a caixa geométrica da arquitectura às ilimitadas manifestações da cor; questiona-se o seu valor independente do material e questiona-se a sua efemeridade enquanto valor; mudam-se os paradigmas culturais e a cor aparece onde não a esperamos; aparece como uma nota musical na composição do espaço e ouve-se na sinfonia que ressoa no vazio.

Nesta viagem surgiram dois caminhos: a cor como preconceito ou como conceito. Manifestados de maneiras diferentes, nenhum deles é imparcial e conclusivo, nem a esta ambiguidade nem às questões colocadas. Por isso, cada contributo é um processo em aberto, é uma ponta solta que teima em fixar-se e é uma perspetiva com reverso. É um romance que quer provocar, é uma imagem que quer enganar e é uma discussão que provavelmente não vai acabar.

Seguem-se mensagens de arquitectos, futuros e profissionais que, de forma ingénua ou madura, emotiva ou científica, querem ser ouvidas e refletidas para inspirar mudança – porque afinal, que graça tem a vida sem cor?

autores:
António Carvalho, Flávia Bellesia e Inês Saraiva (alunos de 4º ano e aluna de dissertação)

 

COR 47

#46 + 1 call for papers | edição revista nu


Memory and Imagination in Architecture
Jora Kasapi

É de se lhe tirar o chapéu!
Ana Luísa Rodrigues

A Poem for Humanist Cities
Igor Vukičević

A Palavra Proibida
Jéssica Casalinho, Rita Rosmaninho e Sofia Campos

O que dizem os desenhos 
Teresa Pais

Tentaremos
Dulce Branco

Deslizando entre os tempos e os espaços
Júlia Pacheco, Leticia Callou, Marina Gasparini e Rodrigo Tavares

EU Iconography. EU Rhetoric
João Miranda

30 anos, 15 mulheres
Susana Lobo

Um apelo ao branco
Raquel Lagoa